quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

1 - A origem da capela e vila da futura Cesário Lange

Por volta de 1850, um certo José Justino Inocêncio (1), residente em Sorocaba, vendeu suas terras incultas próximo a um lugar chamado Passa Três na altura do caminho de tropeiros, que de um lado se dirigia aos Braganceiros (Pereiras) e de outro ao sertão de Santo Antônio do Rio Feio (Porangaba) em quinhões a alguns sertanistas, entre eles: José Mendes de Almeida (2), Joaquim de Almeida Leite, Antônio Pires de Campos, Antônio Leite de Miranda, José Mariano Pinto, Bento Casimiro, Vicente da Silva Ribeiro (3), Severino Alves de Oliveira, Antônio Nunes da Silva, André Rodrigues Machado, José Pedro Fernandes e Joaquim Corrêa Fernandes e outros. Estes foram os primeiros proprietários de terras do atual município de Cesário Lange, que nos chegaram pela tradição, já consolida pelos anos 30 do século XX.

Por volta de 1872, pensou José Mendes de Almeida em erigir uma capela, onde os moradores daquelas matas se pudessem reunir e fazer exercícios religiosos no lugar chamado comumente de Passa Três, assim chamado, ao que parece, devido a um ribeirão que ali há com este nome (4). Este ribeirão nasce na altura da Fazenda Monte Alegre e deságua no Ribeirão da Onça. Provavelmente, este nome do ribeirão é devido ao fato que o mesmo cortava, então, por três vezes os confins meridionais da imensa sesmaria do “Ribeirão da Onça”, que havia pertencido a João Antônio Gonçalves, Bento Antunes de Camargo e a uma mítica personagem, Francisca de Paula Leite de Barros (Nhá Chica Brava), que compreendia partes de terras hoje pertencentes aos municípios de Laranjal Paulista, Tietê e Cesário Lange. A sede das terras desta latifundiária, Nhá Chica Brava, lendária por sua crueldade para com seus escravos, seria próxima ao Bairro dos Pedros, que faz hoje parte da Fazenda Nova Esperança. Com a abolição da escravatura, Chica Brava teria se retirado para Tatuí, onde morreu (5). Antes, vendeu partes de suas terras aos Guedes de Tatuí e deixou outras partes de suas terras a alguns de seus herdeiros, entre eles, Antônio Alves e filhos. Uma parte de suas terras foi completamente abandonada, que deu origem ao atual Bairro da Fazenda Velha. No início do século XX, posseiros se instalaram nela, se dedicando à agro-pecuária e até hoje a maioria de seus moradores assim permanecem, sem títulos de propriedade. O Atual distrito da Fazenda Velha é uma parte obscura, ainda, da história de Cesário Lange.

Para erguer tal capela, José Mendes de Almeida adquiriu com auxílio de outros moradores por 50$000 de Antônio Furquim de Oliveira e de sua mulher Francisca um terreno próximo ao Ribeirão Passa Três, onde com a ajuda de alguns companheiros ergueu uma capelinha de pau e barro em honra à Santa Cruz. Para tanto contou com os serviços de carpintaria de Pedro Rodrigues Machado e João Rodrigues Machado, que também prestaram algum serviço voluntário. Na ocasião, Severino Alves de Oliveira doou um terreno fronteiro à capelinha para servir-lhe de pátio com 1.600 braças quadradas (aproximadamente uns 7.744 metros quadrados), em que se andasse em procissões e o povo montasse barracas, botequins e paliçadas em dias de festas que ali se faziam mensalmente. Terreno este, onde, hoje se localiza a Praça Pe. Adolfo Testa.

A 12 de dezembro de 1878 (uma quinta-feira), o Padre cônego Demétrio Leopoldo Machado, vigário de Nossa Senhora da Conceição de Tatuí, paróquia que pertencia à diocese de São Paulo, celebrou a primeira missa na capelinha Santa Cruz de Passa Três. Também, nesta ocasião, realizou-se ali o primeiro batizado, o de Joaquim Mendes de Almeida (Nhosinho), filho de Joaquim Mendes de Almeida e Delfina Maria de Almeida, neto de José Mendes de Almeida.

A primeira casa edificada, à direita da capela, foi a de Pedro Rodrigues Machado (o carpinteiro) que deixou um espaço, que foi aproveitado para uma travessa. Aos poucos em volta da capelinha surgiria o povoado de Passa Três. Em 1879, o presidente da Câmara de Tatuí, Manuel Eugênio Pereira, acompanhado do seu fiscal, Cândido Pinheiro de Camargo, traçou as primeiras ruas da vilinha.

Desde 1879 já funcionava uma escola para crianças na casa de José Mendes da Silva (Nhô Gé), filho de José Mendes de Almeida na atual Rua dos Mendes. Esta “cadeira” de instrução foi criada a pedido de José Mendes de Almeida com o auxílio do deputado José Lisboa de Almeida, pois pertenciam ambos ao Partido Conservador (mendistas) que era chefiado em São Paulo pelo grande jurisconsulto João Mendes Almeida. Foram professores da dita escola: Cesário Lange Adrien (1843-1899), que tomou posse da cadeira da escola de Passa Três no dia 20 de agosto de 1879 e o leigo, também chamado “professor de palácio”, Francisco Mendes de Almeida (1859-1930), irmão de Nhô Gé e filho de José Mendes de Almeida. Pe. Olegário Barata, cinqüenta anos depois definirá o professor Cesário Lange Adrien como um "espírito lúcido, humanitário e progressista" (Livro do Tombo 1, pg 46).

Por essa época, o mesmo José Mendes de Almeida, junto então com o professor Cesário Lange Adrien e José Francisco de Oliveira, resolveram ampliar a capelinha Santa Cruz. Usaram-na como capela-mor da igrejinha que se construía com um aumento de 18 metros no comprimento e com 11 metros de frente, aproximadamente. Foram executores os mesmos carpinteiros já citados acima, auxiliados pelos pedreiros: José Sommerhauzer e Idelfonso Antônio de Moraes. A pequena igreja foi benta em dezembro de 1890, em virtude da provisão do mesmo mês. Era uma pequena capela, tosca, feita de pau e barro.Também, adquiriu José Mendes de Almeida por meio de seu representante o professor Cesário Lange Adrien de João Wagner, comerciante e de sua esposa Florinda Paes Wagner no dia 09 de outubro de 1893 por 1.200$000 uma casa com terreno próprio para o uso da igreja. No dia 15 de maio de 1919, o prof. Francisco Mendes de Almeida doará outro lote de terreno, anexo, com uma mina de água, avaliado então em 200$000. Estes lotes se tornarão o terreno da antiga casa paroquial na Rua do Comércio, alienada em parte em 1962 para se construir a atual.

Como o povoado crescia, fazia-se necessidade de um cemitério, até então, sepultavam os falecidos em Tatuí ou Pereiras (6), a capela Santa Cruz conseguiu para tal fim um terreno com uma área doada por Vicente da Silva Ribeiro (certamente, os pais dos irmãos Joaquim, Francisco, Cesário e Vicente Ribeiro da Silva) por volta de 1885. O cemitério tinha 625 braças quadradas (3.025 metros quadrados) e foi regularizado através de provisão própria (L.3 do Tombo de Tatuí, fls 3) no dia 04 de julho de 1894 e foi benzido como "campo santo" no dia 14 de setembro do mesmo ano. Este cemitério seria ampliado em 1922 através de doação de um lote anexo (um celamim de terra), feita por Porfíria Maria da Conceição (viúva de Francisco Ribeiro da Silva), doação esta regularizada em 1934. Em junho de 1936, Domiciano Rodrigues Paulino doou 20.000 tijolos para que se construísse um muro em sua volta, para substituir a tosca cerca de estacas que dava os limites ao cemitério.

Cesário Lange Adrien, um dos benfeitores da igrejinha Santa Cruz de Passa Três, foi transferido para Tatuí em 1897 como “inspector literário", onde faleceu em 29 de maio de 1899 com 54 anos de idade (7). Por esta época, também, já não mais vivia José Mendes de Almeida (falecido em 1895), o homem que por justiça deve dar-se o título não só de iniciador da futura Paróquia Santa Cruz, mas também de fundador da atual cidade de Cesário Lange. Na virada do século, a vila de Passa Três teria umas trinta casas dispersas e uma população de umas 150 almas.
***
1) Pe. Olegário da Silva Barata no Livro do Tombo 1, pg 46, em maio de 1933, informa que seu nome era José Bonifácio Inocêncio. Quanto à história pregressa à chegada dos primeiros moradores em Passa Três, ela é muito obscura e carece de ulteriores investigações. Seguindo o pesquisador porangabense Júlio Domingues, podemos levantar alguns dados. A mais antiga menção à ocupação de terras em nossa região foi relatada por Laurindo Dias Minhoto que descobriu que em 1609 um certo João de Campos e seu genro Antonio Rodrigues que receberam do donatário da Capitania de São Vicente uma sesmaria no distrito da vila de Nossa Senhora da Ponte (Sorocaba) numa paragem denominada Ribeirão de Tatuí. De acordo com o historiador Aluísio de Almeida, essas terras passaram para José de Campos Bicudo (nascido em Parnaíba em 1657) que as doou aos frades carmelitas de Itu e São Paulo e à Companhia de Jesus (jesuítas) para o estabelecimento de fazendas. As fazendas Paiol, Capela Velha e Santo Ignácio deram origem, respectivamente, a Tatuí, Guareí e Botucatu. Os jesuítas foram expulsos do Brasil por Pombal em 1759 e parte de suas terras passaram para Estanislau de Campos Bicudo de Itu. Segundo o Dr. Paulo Fraletti partes dessas terras permaneceram incultas, portanto voltaram à posse do governo como terra devoluta. Este pode ter sido o caso da sesmaria do Guarapó que compreendia o que é hoje Cesário Lange, parte de Tatuí e Pereiras. A sesmaria de José Justino Inocêncio seria remanescente desta última? Não sabemos. Uma coisa é certa, os primeiros moradores de Passa Três eram em sua maioria originários de Sorocaba e arredores. Isto é possível observando seus nomes. Nomes como Fernandes, Campos, Antunes Maciel, Paes, Barros, Mendes, Pedroso... muito comum entre nós são nomes de sertanistas sorocabanos, que aventuravam pelo sertão desde do século XVII em busca de ouro e fortuna, chegando a Curitiba e às Missões jesuíticas no sul e a oeste até Cuiabá, que foi fundada por um sorocabano.

2) José Mendes de Almeida (1815-1895) era natural da Província do Maranhão, se fixando, anteriormente, em São Roque e depois em Porto Feliz, onde se dedicou à agricultura. De lá teria se mudado ao adquirir terras próximas ao sertão de Passa Três. Outra parte de sua família se dedicou ao comércio em São Paulo e outra se fixou no Rio de Janeiro. É provável que o famoso jurista, político e historiador, João Mendes de Almeida (1831-1898), líder monarquista, nascido em Caxias, Maranhão e que deu nome à Praça João Mendes em São Paulo, como também o senador Cândido Mendes de Almeida (1818-1881) fossem seus parentes, ainda que distantes. O Pe. Olegário Barata em 1933, através de informações orais dos filhos de José Mendes de Almeida, informa que ele era monarquista mendista (justamente, a facção política que João Mendes de Almeida era líder em São Paulo). José Mendes de Almeida foi casado com Maria Luiza da Silva Mendes de Almeida e foram seus filhos: Inácio Mendes de Almeida (1842-1919) casado com Bernardina Rodrigues Cordeiro (1843-1925), Joaquim Mendes de Almeida (1843-1914) casado com Delfina Maria de Almeida (1853-1936), José (Nhô Gé) Mendes de Almeida ou da Silva (1849-1937), Maria (Nhá Lica) Mendes de Almeida (1851-1941), Antônio (Imão) Mendes de Almeida (1854-1921), Anna Luiza (Nh’Ana) Mendes de Almeida (1857-1934), Prof. Francisco Mendes de Almeida (1859-1930).

3) Vicente da Silva Ribeiro foi casado com Maria Fonseca Lisboa. Foram seus filhos, entre outros: Joaquim Ribeiro da Silva (1850-1928) casado com Maria Branco Ribeiro (1853-1936), Francisco Ribeiro da Silva (1855-1906) casado com Porfíria Maria da Conceição (1862-1938), Cesário Ribeiro da Silva (1863-1935) casado com Maria do Carmo de Almeida (1870-1948) e Vicente Ribeiro da Silva (1867-1942), casado com Carmelina Martins Vieira, viúvo se casou uma segunda vez com Maria Ernestina Ferraz de Almeida.

4) Quanto ao nome de Passa Três não existe nenhum consenso sobre sua origem. Além da hipótese acima, há outras. Num livreto semi-oficial impresso em julho de 1968 em Cesário Lange num trabalho conjunto da Prefeitura Municipal e das escolas, aparecia a hipótese tradicional para justificar tal denominação sobre os três rios que teriam que atravessar quem partia de Tatuí para chegar a estas paragens, isto é, o Ribeirão das Pedras ou dos Fragas, o Rio Guarapó e o Ribeirão Aleluia. Tese esta também defendida pelo historiador pereirense Dr. Paulo Fraletti (1993).

5) Há muitas estórias e lendas sobre Chica Brava que fora casada, segundo Paulo Fraletti, com um certo Antônio Sampaio. Era assim chamada pela maneira cruel como tratava os seus escravos. Quando da Abolição da Escravatura (1888), muitos deles permaneceram com seus antigos patrões, o mesmo não se deu com os de Chica Braba que a abandonaram, e que sem mão-de-obra teria ficado em séria dificuldade, o que fez que abandonasse suas terras. Conta-se que certa vez, para acabar com os piolhos que havia nos cabelos de uma sua escrava, teria feito derramar sobre a cabeça dela uma panela cheia de gordura fervente. Havia mesmo quem jurava que Chica Brava tinha rabo, numa alusão que teria ela parte com o diabo. Ela gostava muito de pescaria e quando os peixes apareciam em suas pescarias, o seu “ rabo”contorcia por baixo de suas saias de satisfação, é o que se dizia. A sesmaria do “Ribeirão da Onça” de Nhá Chica Brava pertencera a José Gurjão Baptista Lotrian, camarista de Tatuí em 1844, quando Tatuí tornou-se “villa”. José Gurgão Baptista Aranha Lotrian que foi proprietário da atual Fazenda Velha, outrora Sesmaria do Ribeirão da Onça, que era residência dos sesmeiros: João Antônio Gonçalves e Nhá Chica Brava (Francisca de Paula Leite de Barros) e Bento Antunes de Camargo.

6) Segundo uma antiga tradição no lugar onde hoje se encontra a capelinha da Cruz Preta no antigo caminho de Cesário Lange a Pereiras teria sido um cemitério, onde sepultavam pobres, crianças e escravos. Teria sido este o primeiro cemitério de Passa Três, embora fosse “clandestino”.

7) Cesário Lange Adrien nasceu em Sobradinho, município de Franca, em 25 de fevereiro de 1843, filho de André Lange Adrien (francês da Alsácia) e de Maria Benedita Munhoz, paulista de Cotia. Casou-se em Nazaré Paulista em 24 de abril de 1864 com Josefina Pereira Guimarães, de quem teve cinco filhos: Amélia, André, Gertrudes, Olímpia e Narcisa. Ficou viúvo em Nazaré em 13 de novembro de 1871. Casou-se pela segunda vez com Prescilina Xavier Ferreira (Sinhara) em 21 de novembro de 1877 em São Roque, de quem teve os seguintes filhos: Alfredo, Maria das Dores (Mimi), Estevam, Octávio (morto aos quatro anos de idade em 1890, está sepultado em Cesário Lange), Facunda, Júlia, Presciliana (Lili) e Cesária. Faleceu em Tatuí, aos 56 anos de idade, devido a um choque anafilático em 29 de maio de 1899. Está sepultado no cemitério de Tatuí ao lado de seu filho André Lange Adrien (1866-1924), que foi alvejado em 16 de março de 1924 em Tatuí ao embarcar num trem da Sorocabana por motivos políticos, morrendo na manhã seguinte (ele era candidato a deputado). Não há lápide, nada para identificar o local. Sobre os túmulos dos dois foi feito um passeio. O local, no entanto, é conhecido por muitos, inclusive pelo autor destas linhas. Cesário Lange fora aluno da primeira turma da Escola Normal de São Paulo por volta de 1861. Foi, depois, professor em Nazaré de 1862 a 1872, transferiu-se para Indaiatuba, depois para São Roque. Por volta de 1877, foi professor na Escola Pública do Palácio do Governo em São Paulo. Nesta época, dedicou-se ao jornalismo em “A Província de São Paulo” e “Correio Paulistano”. Devido a problemas de saúde (sofrera uma pneumonia) fora aconselhado a mudar-se de São Paulo. Foi nesta época que ele veio para Passa Três (1879). Além de monarquista, era também abolicionista e extremamente caridoso. Era conselheiro, uma espécie de confessor leigo e também coveiro. O historiador pereirense Dr. Paulo Fraletti encontrou um livreto escrito por um passatriense chamado Salvador Alves Rodrigues Machado chamado “A Perseverança”, editado em 1906 ou 1907 que traz algumas notícias interessantes sobre o professor, entre elas, que Cesário Lange Adrien exercia também o curandeirismo por meio de homeopatia. Não há nada de depreciativo para esta prática, já que na época, havia poucas escolas de medicina e a arte da cura era exercida por práticos que tinham conhecimentos rudimentares de farmácia. Por exemplo, o personagem principal de “Inocência” do Visconde de Taunay exercia a nobre profissão de “curandeiro”, o fato que transcrevemos abaixo se passa em 15 de julho de 1860 e a geografia do lugar descrito por Taunay devia ser muito próxima àquela de Passa-Três de então:

(Extrato de “Inocência”)

Tinha (Cirino) quando muito vinte e cinco anos, presença agradável, olhos negros e bem rasgados, barba e cabelos cortados quase à escovinha e ar tão inteligente quanto decidido.
(disse, então o jovem Cirino ao velho Pereira, quando perguntado sobre si, ao cavalgarem lado a lado),
- Eu ponho lhe já tudo em pratos limpos. Ando por estes fundões curando maleitas e feridas bravas.
- Ah! exclamou Pereira com manifesto contentamento, vosmecê é doutor, não é? Físico, como chamavam os nossos do tempo de dantes ... Mas, diga-me ainda... Onde é que vosmecê leu nos livros, aprendeu suas historias e bruxarias? Na corte do Império?
- Não, respondeu Cirino, primeiro no Colégio do Caraça; depois fui para Ouro Preto, onde tirei carta de farmácia.
E acrescentou com enfatuação:
- Desde então tenho batido todo o poente de Minas e feito curas que é um milagre.
- Ah! a sabença é coisa boa. . . eu também tinha jeito para saber mais do que ler e escrever, isto mesmo malmente; mas quem nasceu para carreiro, vira, mexe, larga e pega, sempre acaba junto ao carro. Com o que, entonces, vosmecê entende de curar?... (Visconde de Taunay – Inocência).

4 comentários:

  1. PARABÉNS, FERNANDO!! ÓTIMO TRABALHO DE PESQUISA! OXALÁ TODOS OS MORADORES DESTA NOSSA NOBRE CIDADE PUDESSEM TER ACESSO A TÃO SIMPÁTICA E IMPORTANTE INFORMAÇÃO!!!

    UM ABRAÇO!

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  2. Olá,
    Meu nome é Maria Luiza Cruz Bonini Amendola.
    Fiquei encantada ao ler sua matéria sobre Cesário Lange. Sou bisneta dele, sendo que minha mãe, professora Maria de Lourdes Cruz Bonini, falecida em janeiro de 2009, aos 101 anos era filha da professora Maria das Dores Lange, casada com se primo, o professor Anacleto Cruz, que era filho de Maria Augusta Lange Adrien, irmã de Cesário Lange, casada com Anacleto Alves Cruz. Como se vê, portanto, uma família de professores.
    Muito obrigada.

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  3. Meu bom e querido amigo Fernando, fiquei muito feliz com a leitura deste magnífico trabalho de pesquisa. Você contribuiu para resgatar um pouco da nossa história. É como viajar no tempo! Parabéns e um abraço carinhoso.

    Miguel Arcanjo Corrêa
    Diretor - Jornal Aliança
    Cesário Lange - SP

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  4. Correção à nota 2 por Fernando A. B. de Almeida
    Como previra no início destas publicações, poderia haver muitas inexatidões. Recentemente, encontrei o registro do casamento de José Mendes de Almeida, que transcrevo abaixo:

    Aos onze de Junho de mil oitocentos e trinta e nove anos nesta Matriz depois de feita as deligências de estilo, e por Provisão do Reverendo Vigário da Comarca em minha presença e das testemunhas Manoel de Almeida Leite, e Miguel Bicudo se unirão em Matrimônio JOSÉ MENDES DE ALMEIDA com MARIA LUIZA DE ALMEIDA, fregueses desta Freguesia. Ele natural da Vila de São Roque, filho legítimo de Ignácio Mendes de Almeida e Leonarda de Almeida Paes e ela filha legítima de Joaquim de Almeida Leite e Gertrudes de Almeida, natural da Vila de Porto Feliz e logo receberão as bênçãos nupciais.
    Vig. Manoel Antônio de Almeida
    (Do Livro de Matrimônios da Paróquia da Conceição de Tatuí de 1839 a 1847)

    Também, através pesquisas mais acuradas, pude descobrir a data exata e o local de seu nascimento e assim, acrescento mais uma corrigenda à nota sobre o pouco conhecido fundador da atual cidade de Cesário Lange. Embora, houvesse uma tradição oral por parte de seus netos que José Mendes de Almeida fosse natural da Província do Maranhão, descobri no Livro de Batismos da Freguesia da Villa de São Roque que José Mendes de Almeida, filho de José Ignácio Mendes de Almeida e de sua esposa Leonarda de Camargo foi batizado naquela vila no dia 19 de março de 1818, tendo ele, então, cinco dias de vida. Portanto, José Mendes de Almeida nasceu em 14 de março de 1818. Isso não invalida a hipótese de, na verdade, ser o seu pai proveniente do Maranhão.

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